domingo, 24 de outubro de 2010

Andanças


Experimentando compassos
Novos ritmos, novas danças
Seduzindo os pés
A novos passos
Percorrendo mudanças..

Victor schiller

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

DESAFIO    (Tom Zé/ Gilberto Assis)

Doutor: Meus senhores, vou lhes apresentar
            A figura do homem popular,
            Esse tipo idiota e muquirana
            É um bicho que imita a raça humana.
 
O homem: O doutor exagera e desatina
                Pois quando o pobre tem no seu repasto
                O direito a escola e proteína
                O seu cérebro cresce qual um astro
                E começa a nascer pra todo lado
                Jesus Cristo e muito Fidel Castro

Africará mingüê e favelará
mérica de verme que deusará
Iocuné Tatuapé Irará
 
Doutor: Veja o pobre de hoje: quer tratar
            Do direito, da lei, ecologia.
            É na merda que eles vão parar
            Ou na peste, maleita, hidropisia.
 
O homem: Mas o Direito, na sua amplitude
                Serve o grande e o pequeno também.
                Além disso quem chega-se à virtude
                E da lei se aproxima e se convém
                Tá mostrando ao patrão solicitude
                Por querer o que dele advém.

Africará mingüê e favelará
mérica de verme que deusará
Iocuné Tatuapé Irará

terça-feira, 20 de julho de 2010

Estân(s)ia..

..que visto

Disfarçada numa estância
que outrora depreciava
Hoje a comungo, porém na distância

Lá está a ânsia
Anciã nos meus compassos
Hoje me abraça aqui, ...
(Nas reticências que dist(ansia) a vírgula)



Victor Schiller

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Pelo caminho..


Ponto de partida, em busca do equilíbrio
Estou de partida
Como é difícil, mas por que seria fácil?
Será que é disso que eu preciso?
Inúmeras questões permeiam pensamentos
Será que um dia alguém vai ler? E vai entender?
Por que o medo do julgamento?
Como é difícil escrever, libertar um sentimento
Ah.. como é difícil entender
E ás vezes até tento
A prisão do dia-a-dia
Horas de trabalho, horas de estudo
Pensando no futuro, algo seguro
Seguro pra mim? Seguro pra quem?

Pelo caminho vontade de chegar
Vontade de estar certo
Pensamentos diferentes vão lapidando meus compassos
Frases soltas vão surgindo, muitas vezes repetidas
Ora procurando rima, para surpreender a quem corre os olhos
Traduzindo o que as palavras contam
Aguçando-lhe um sentimento
Nem que seja por um momento
Ora a sem pretensão da rima, simplesmente encontrando as palavras
Aquelas que discretamente me denunciam
Nelas que me encontro
E assim vou percorrendo caminho que escolhi
O ponto que almejo chegar?
Ainda procuro..


Victor Schiller

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Do mar, o meu..








No mar do medo
Me deu medo do mar 
Domar o medo 
Antes que o
Medo me dome



Victor Schiller

segunda-feira, 14 de junho de 2010

No sofá da sala



Torce, grita, 
briga, vibra
Todas as atenções
Voltadas para
Ali, e nada
Muda por aqui

Victor Schiller







Brazuca - Gabriel, o Pensador







 

sábado, 5 de junho de 2010

Efeito colateral

Com o tom de repetição
Teimando na estética do compasso
Insiste em repetir a entonação
Com o tom do fracasso

Outra tentativa talvez
De fugir do que me aprisiona
E que a mim não mais impressiona
Não foi dessa vez

Por ora inspira
Por ora conspira
Por fim desanima
Esta entorpecente rima


Victor Schiller

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Canção em construção

O arranjo é improvisado
Entre pulsos e impulsos
Pelos que se agregam a harmonia
Regrada no compasso do dia
Procurando repouso seguro

O silêncio em tempos fortes
Revelam os contratempos em tempos fracos
Tocam o ritmo da canção

Percorrendo com passos
Uma canção é composta
E ao mesmo tempo executada
Uma canção única
Que se molda no compasso do dia

Uma canção que soa mesmo em silêncio
E não pode silenciar-se
Nem sempre agrada aos ouvidos
Mas que ainda pode ser rearranjada
Pois ainda se compõe
Com passos percorridos no compasso do dia



Victor Schiller